segunda-feira
Grife Daspre chega à passarela
O primeiro desfile da Grife Daspre aconteceu no Pátio do Colégio, centro de São Paulo: doze internas da Penitenciária Feminina do Butantã trocaram uniformes verde e branco por peças criadas por colegas.
A Daspre não tem o objetivo de descobrir talentos para o mundo fashion.
Mas a diretora da Fundação de Amparo ao Preso (Funap), Lucia Casali, responsável pelo projeto, diz “como vou mostrar o que a gente faz sem um desfile?”.
Fazem parte do projeto 70 presas. “Cada peça que eu faço vai um pedaço de mim”, afirma Jaqueline da Silva, 29 anos.
As presas recebem pelo serviço R$ 315 ao mês, mais vale-transporte e refeição, sendo que parte desse valor é creditado em uma poupança que elas retiram após cumprir as penas.
Criada em 2008, a grife produz roupas e acessórios. O dinheiro das vendas é revertido no projeto, que custa para a Funap cerca de R$ 30 mil por mês. O desfile não custou nada a mais. Em 2009, a Daspre vendeu R$ 100 mil, que, além de bazares e da loja, a Rua Dr. Vila Nova, no centro, deve lançar um site.
Para organizar o desfile, a fundação procurou faculdades de moda e nenhuma topou.
Parabéns pela iniciativa da Fundação e das detentas.
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